A EXPANSÃO DO TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE E A BANALIZAÇÃO DA MEDICAÇÃO

 

Hoje trago para vocês esse artigo com dicas de como fazer o diagnóstico e utilizar corretamente os medicamentos referentes ao TDAH.

A EXPANSÃO DO TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE E A BANALIZAÇÃO DA MEDICAÇÃO 

 

 

No mundo atual a sociedade tem enfatizado competências como criatividade, conhecimento e capacidade de inovar e mediante esses novos conceitos busca novas formas de produção com o decorrer do avanço tecnológico.

Quando de trata de medicina, os avanços são incontestáveis, tanto no que concerne ao diagnóstico por imagem, genética e quanto ao uso de medicamentos.

Com o maior conhecimento do funcionamento do cérebro e suas vertentes, em especial em relação ao seu funcionamento físico-químico, tornou o diagnóstico de patologias e sua respectiva medicalização mais fácil.

De encontro com a tecnologia e a busca incessante pela criatividade e melhora do desempenho escolar verifica-se o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade o TDAH, que tem sido diagnosticado em grande parte das crianças que “fogem” dos parâmetros aceitos pela sociedade atual (bom comportamento; concentração; bom relacionamento com outrem, entre outros).

Nesse sentido, o uso do medicamento também se faz presente.  Uma vez que existe um diagnóstico clínico, é passível de medicar.

Partindo desse pressuposto, o presente trabalho tem como escopo principal verificar mediante levantamento bibliográfico de revistas científicas, consensos de medicina e livros da área de educação e saúde a banalização do uso de medicamentos para alunos com dificuldades de aprendizagem.

Este artigo se faz relevante, uma vez que no contexto educacional a associação de TDAH e insucesso escolar são diretamente proporcionais. Pais e professores utilizam-se deste diagnóstico para justificar tal insucesso e desconsideram o contexto sócio-econômico, cultural, e dos métodos de ensino-aprendizagem.

Primeiramente será abordado o conceito de TDAH e seu diagnóstico clínico e logo após será analisado a expansão do consumo de psicotrópicos, em especial o metilfenidato, mais conhecido como Ritalina, que por sua vez é um dos psicofármacos mais utilizados na psiquiatria infantil.

E por fim far-se-á uma reflexão a acerca da banalização da medicação a partir dos artigos analisados.

TDAH: CONCEITO E DIAGNÓSTICO

As primeiras menções aos transtornos hipercinéticos na literatura foram realizadas em meados do século XIX, porém desde então sua nomenclatura vem se alterando constantemente (RHODE, et al., 2000).

A classificação internacional de doenças – CID 10, elaborado pela ONU e o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, o DSM-IV são utilizados pela psiquiatria para as diretrizes diagnósticas para o transtorno, e que mesmo usando nomenclaturas diferentes (transtorno de déficit de atenção/hiperatividade no DSM-IV e transtornos hipercinéticos na CID-10) ambas possuem as mesmas características clínicas.

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH é descrito por Lima (2005, p.73) como sendo “uma síndrome caracterizada por comportamento hiperativo e inquietude motora, desatenção marcante, falta de envolvimento persistente nas tarefas e impulsividade”.

Para Leite e Baldini (2011), o TDAH está associado a um comprometimento funcional nas mais diferentes áreas, tanto psíquica quanto comportamental e de aprendizagem, e associado a ele também ocorrem taxas crescentes de comorbidade psiquiátrica, e deste modo, passível de intervenção medicamentosa (LEITE; BALDINI, 2011).

De acordo com Stroh (2010) o TDAH pode ser conceituado como uma desordem neurológica, caracterizado pela desatenção, falta de concentração, agitação (hiperatividade) e impulsividade. Tais características levam ao indivíduo ter dificuldades emocionais, de relacionamento, e como consequência baixa autoestima, além do mau desempenho escolar.

De acordo com a Classificação Internacional de Doenças – CID 10, elaborado pelas Organizações das Nações Unidas em 1993, os transtornos hipercinéticos estão enquadrados nos transtornos do comportamento e transtornos emocionais que aparecem habitualmente na infância e adolescência que tem como características:

 

Grupo de transtornos caracterizados por início precoce – habitualmente durante os cinco primeiros anos de vida -, falta de perseverança nas atividades que exigem envolvimento cognitivo e tendência a passar de uma atividade a outra sem acabar nenhuma, associadas a uma atividade global desorganizada, incoordenada e excessiva. Os transtornos podem se acompanhar de outras anomalias. As crianças hipercinéticas são frequentemente imprudentes e impulsivas, sujeitas a acidentes e incorrem em problemas disciplinares mais por infrações não premeditadas de regras do que por desafio deliberado. Suas relações com os adultos são frequentemente marcadas por uma ausência de inibição social, com falta de cautela e reserva normais. São impopulares com as outras crianças e podem se tornar isoladas socialmente. Estes transtornos se acompanham frequentemente de um déficit cognitivo e de um retardo específico do desenvolvimento da motricidade e da linguagem. As complicações secundárias incluem um comportamento dissocial e uma perda de autoestima (CID 10, 1993, p.370).

 

Segundo Rodhe et al. (2004), o TDAH possui como características clínicas mais marcantes são a desatenção, hiperatividade e impulsividade. Associado a esses sintomas estão a redução do desempenho acadêmico, dificuldade de relacionamento familiar e desajuste social. E nesse contexto, necessita ser alvo de medicalização. Ainda de acordo com os autores, além desses sintomas, a TDAH cursa em média de 50% dos casos com outras comorbidades, como transtornos de aprendizagem, de humor e de ansiedade, além de transtornos sociais e abuso de álcool e outras substâncias.

Algumas características podem ser encontradas nesses indivíduos em relação à desatenção, hiperatividade e impulsividade. São elas:

 

A desatenção pode ser identificada pelos seguintes sintomas: dificuldade de prestar atenção a detalhes ou errar por descuido em atividades escolares e de trabalho; dificuldade para manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas; parecer não escutar quando lhe dirigem a palavra; não seguir instruções e não terminar tarefas escolares, domésticas ou deveres profissionais; dificuldade em organizar tarefas e atividades; evitar, ou relutar, em envolver-se em tarefas que exijam esforço mental constante; perder coisas necessárias para tarefas ou atividades; e ser facilmente distraído por estímulos alheios à tarefa e apresentar esquecimentos em atividades diárias. A hiperatividade se caracteriza pela presença freqüente das seguintes características: agitar as mãos ou os pés ou se remexer na cadeira; abandonar sua cadeira em sala de aula ou outras situações nas quais se espera que permaneça sentado; correr ou escalar em demasia, em situações nas quais isto é inapropriado; pela dificuldade em brincar ou envolver-se silenciosamente em atividades de lazer; estar freqüentemente “a mil” ou muitas vezes agir como se estivesse “a todo o vapor”; e falar em demasia. Os sintomas de impulsividade são: freqüentemente dar respostas precipitadas antes das perguntas terem sido concluídas; com freqüência ter dificuldade em esperar a sua vez; e freqüentemente interromper ou se meter em assuntos de outros (DSM-IV, 2000, apud RHODE et al. 2000, p.07).

 

Para diagnóstico os critérios propostos pelo DSM-IV (American Psychiatric Association, 1994) para o diagnóstico do transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) são necessários à existência de dois contextos distintos, a desatenção, combinado com predomínio de hiperatividade-impulsividade.

O diagnóstico está baseado na descrição dos sintomas para posteriormente a escolha do tratamento ao qual paciente será submetido, e é nesse contexto que a medicação ganha destaque. Atualmente tem-se à disposição diversos psicofármacos  para todas as idades, que se propõe a tratar as mais diferentes patologias inventadas pelo contexto contemporâneo (SANTOS, et. al. 2012).

Rhode et al. (2000) destaca que os sintomas de desatenção, hiperatividade ou impulsividade pode ser encontradas em crianças comuns e para que o diagnóstico de TDAH são necessários pelo menos seis dos sintomas de hiperatividade/impulsividade de cada um já descritos; além disso, outro fator a ser considerado é a persistência desses sintomas em quaisquer lugares e com constância na prevalência destes. Nesse sentido, é necessário verificar se a hiperatividade/impulsividade é inerente a um único ambiente ou a um sistema de ensino ou são flutuantes. Neste caso, o diagnóstico não deve ser de TDAH.

Ainda segundo os autores supracitados, os prejuízos devem ser clinicamente relevantes na vida da criança. Se não houver prejuízos ao cotidiano do indivíduo, deve-se traduzir muito mais como funcionamento ou temperamento e falta de limites da criança do que o transtorno psíquico em si. Por fim, para o diagnóstico correto de TDAH é preciso uma avaliação criteriosa de cada sintoma e não apenas diagnosticar por um único sintoma ou momento em que a criança está passando.

De acordo com DSM-IV (2000) o TDAH pode ser subdividido em três grupos: onde o primeiro é o TDAH com predomínio de sintomas de desatenção; o segundo com predomínio de sintomas de hiperatividade/impulsividade; e por fim o combinado, onde o subtipo com predomínio de sintomas de desatenção é mais comum em meninas e pode apresentar, conjuntamente com o tipo combinado, uma taxa mais alta de insucesso escolar.

Ainda pode-se caracterizar um quarto tipo, que é o chamado inespecífico, quando as características apresentadas são insuficientes para se chegar a um diagnóstico completo, mesmo quando os sintomas sejam prejudiciais ao cotidiano da criança.

A partir de Phelan (2005) apud Richter & Yaegash (2012), o TDAH passou a ser compreendido como disfunção neurológica e não mais como “invenção” da medicina. Disfunção essa que pode influenciar no aprendizado da criança em virtude das três características destacadas anteriormente.

TDAH E DESEMPENHO ESCOLAR NA CONCEPÇÃO DOS EDUCADORES 

No âmbito educacional um dos principais desafios dos professores está alicerçado nas crianças que apresentam alguma dificuldade de aprendizagem. Esse docente então passa a criar situações subjetivas e novas para cada aluno em especial (RICHTER, YAEGASH, 2012).

Muito se tem ouvido falar sobre déficit de atenção com hiperatividade, porém o despreparo dos professores frente a esse novo universo geram conflitos uma vez que a proposta educacional prevê um enquadramento único dos alunos dentro do processo pedagógico (REIS; CAMARGO, 2008).

Nessa esfera, o TDAH tem se tornando preocupação constante por parte dos docentes, uma vez que é na fase inicial de contato com a leitura e escrita que os sintomas ficam mais evidentes, já que esses recursos requerem maior concentração e atenção. Assim, verifica-se que é nesse período escolar que as crianças com TDAH apresentam maior probabilidade de repetência, evasão escolar, redução do rendimento acadêmico associado às dificuldades emocionais e de relacionamento social. Unido a isso ainda apresentam maior probabilidade de apresentarem problemas relacionados com comportamento (SENO, 2010).

Frente a este novo modelo educacional inclusivo, poucos profissionais da educação realmente conhecem as dificuldades relacionadas à atenção, hiperatividade e impulsividade, que são apresentadas por alguns alunos e tratar desse assunto é uma questão desafiadora, seja ela por desconhecimento e despreparo do docente frente ao problema ou pela descrença de que ele realmente exista ou ainda pela tendência de a literatura culpabilizar alguém (REIS; CAMARGO, 2008).

Porém não é objetivo deste artigo entrar em méritos científicos da existência ou não do TDAH, o fato é que independente da comprovação científica, as crianças com essas características necessitam de intervenção diferenciada para possibilitar seu aprendizado.

Nesse sentido, uma vez diagnosticado o TDAH, o aluno deve ser considerado como uma criança com necessidades educacionais especiais, a fim de que lhe seja garantido as mesmas oportunidades educacionais dos demais alunos ditos comuns. Também é função do docente que reduza a ocorrência dos comportamentos que são indesejáveis e que possam atrapalhar seu processo de aprendizagem.

Para tal, pode-se verificar que a escola, muitas vezes não questiona o seu método de ensino, mas sim o aluno que não está aprendendo. Criando pacientes em potencial, a escola e a família se “exime da culpa” pelo qual o aluno não apresenta o mesmo rendimento escolar, vendo então, a necessidade de medicação.

Porém ainda há certa preocupação por parte da equipe pedagógica em relação a estes alunos medicados e diagnosticados com TDAH ou outras dificuldades de aprendizagem. No contexto geral, os educadores tentam atividades que exijam diferentes habilidades a fim que o educando possa ter as mesmas possibilidades de outros sem o diagnóstico, com o objetivo de adquirirem as mesmas aptidões educacionais. Muitos docentes também tem o cuidado de pouparem os alunos que apresentam tais dificuldades escolares perante aos demais colegas de turma, acompanhando mais de perto suas atividades produzidas (SILVA, s/d).

Partindo do pressuposto de que os sintomas iniciais aparecem no decorrer das atividades acadêmicas, cabe ao professor perceber as possíveis alterações nessas crianças para que o diagnóstico seja realizado precocemente (RICHTER, YAEGASH, 2012).

Porém, ressalta-se a necessidade do conhecimento do professor frente a TDAH para realizar o diagnóstico embasado no problema em si e não em suposições.

Nesse sentido, mesmo a criança apresentando os sintomas de TDAH no contexto familiar, estudos apontam que é a partir da entrada da criança na escola que se observa aumento do problema. Ainda segundo o autor, o professor tem função importante no acompanhamento e encaminhamento dessa criança. Nesse contexto, não cabe ao professor diagnosticar, mas sim esclarecer dúvidas da família e orienta-la quanto às possibilidades de se procurar um especialista para fazer tal diagnóstico (KURDT, 2013)

Para Seno (2010) algumas intervenções por parte dos educadores podem ser produtivas em sala de aula, como:

Sentar o aluno na primeira carteira e distante da porta ou janela; reduzir o número de alunos em sala de aula; procurar manter uma rotina diária; propor atividades pouco extensas; intercalar momentos de explicação com os exercícios práticos; utilizar estratégias atrativas; explicar detalhadamente a proposta; tentar manter o máximo de silêncio possível; orientar a família sobre o transtorno; evitar situações que provoquem a distração. tais como ventiladores, cortinas balançando, cartazes pendurados pela sala; aproveitar situações que exijam movimentação para escolhê-lo como auxiliar (por exemplo, pedir que entregue os cadernos, que vá à diretoria ou que responda ao exercício na lousa); manter os alunos em lugares fixos na sala, para que seja justificado o motivo pelo qual a criança com TDAH senta sempre naquela carteira; solicitar que os pais procurem por atendimentos especializados que possam complementar o trabalho pedagógico realizado em sala de aula; encaminhá-lo para as aulas de reforço escolar, se necessário (SENO, 2010, p.336).

 

Nesse sentido é de grande relevância um diálogo aberto entre escola e familiares da criança, uma vez que o docente precisa saber qual o comportamento da criança em seu ambiente social e familiar, e da mesma forma que a família também deve saber acerca do seu comportamento na escola (RICHTER, YAEGASH, 2012).

Segundo Rohde et al (2000), o ideal para o aluno com TDAH é uma sala pequena com menos alunos, já que possibilita ao professor um maior contato com o aluno e favorece a aprendizagem.

Corroborando com Seno (2010), Rodhe et al (2000) também afirma que o aluno com TDAH deve ocupar a primeira carteira da fila, perto da mesa do professor, e também não tenha acesso à vista de fora do local.

Ainda correlacionando o trabalho pedagógico docente, relata-se que o mesmo não pode ser realizado de maneira desmembrada, e sim de maneira interdisciplinar, com o médico, professor, psicopedagogo, psicólogo e familiares. É mediante essa abordagem ampla que haverá sucesso do aluno no que concerne ao processo de ensino e aprendizagem (RICHTER, YAEGASH, 2012).

A EXPANSÃO DO TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE E A BANALIZAÇÃO DA MEDICAÇÃO

O metilfenidato, princípio ativo da Ritalina, como é conhecido no país, é o medicamento estimulante mais consumido no mundo, numa proporção maior que todos os outros estimulantes somados. O seu uso como medicação para TDAH justifica o aumento do consumo (ITABORAHY, 2009).

De acordo com os dados das Organizações das Nações Unidas (2008) no Brasil, no ano de 2000 o consumo foi de 23 kg. No ano de 2006, o país produziu 226kg de metilfenidato e importou outros 91 kg.

Segundo Viégas; Gomes & Oliveira (2013) O objetivo da medicalização está pautado na redução dos problemas sociopolíticos a questões individuais, muito mais num contexto político e social que terapêutico. E nesse sentido, medicalizar, tem denotação de deslocar para o campo individual, biológico e da saúde questões que foram alicerçadas mediante esfera política, social e cultural. Assim, para o autor, essa questão a intervenção medicamentosa está muito mais embasada na patologização do que nos agravos específicos da saúde.

Para Welch, Schwartz e Woloshin (2008), apud (Meira, 2012) a medicalização da vida cotidiana é capaz de modificar algumas sensações físicas ou psicológicas que são do contexto social, como a insônia e a tristeza em sintomas de doenças, como distúrbios do sono e de­pressão. Isso gera uma diversidade de diagnósticos, que são feitos graças ao avanço tecnológico, com uso de equipamentos cada vez mais capazes de diagnosticar indivíduos mesmo que eles ainda não apresentem sinto­mas de doenças, transformando-os em pacientes em potencial.

Assim, Meira (2012) declara que há uma banalização dos diagnósticos de distúrbios de aprendizagem, e que não há uma avaliação do contexto histórico-social em que o aluno se encontra inserido frente às modificações do sistema educacional atual.

Nesse sentido, os autores Silva; Luzio & Santos (2012) referem que:

 

No caso do TDAH, observamos que a Ritalina muitas vezes tem o papel de “camisa-de-força química”, crianças que são punidas pelo seu dito mau comportamento com a exclusão, ou mesmo, numa tentativa de reinseri-las no convívio social, são contidos quimicamente em si mesmas, “reprogramadas” com terapias de treinamento. Assim, o medicamento consegue responder a várias demandas, explícitas e implícitas, pois num primeiro momento consegue eliminar as queixas direcionadas a criança, dando a impressão de que é eficaz, e que o problema está resolvido, dando certo alívio aos que se mobilizaram para conter a criança hiperativa (SILVA; LUZIO; SANTOS. 2012, p. 04).

 

Segundo Coutinho (2009), os docentes são os primeiros a insinuar que a criança apresente TDAH; o que reforça a necessidade de uma reflexão crítica sobre o assunto, proporcionando práticas e posturas mais éticas no que concerne ao comportamento e sofrimento desses alunos.

Nesse contexto, o ideal seria estruturar uma rede para cada caso, de maneira a se deixar de focar da doença em si, desmedicalizando a questão e promovendo a saúde (SILVA; LUZIO; SANTOS. 2012).

 

REFERÊNCIAS BiBLIOGRÁFICAS

 

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ITABORAHY, Cláudia. A Ritalina no Brasil: uma década de produção, divulgação e consumo. Rio de Janeiro, 2009.

KURDT, D.K.S. A Compreensão do Professor Sobre o TDAH. Psicologado. 2013. Disponível em: ttps://psicologado.com/atuacao/psicologia-escolar/a-compreensao-do-professor-sobre-o-tdah. Acesso em 10 de novembro de 2014.

LEITE, E.G.; BALDINI, N.L.F. Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade e Metilfenidato: uso necessário ou induzido? Rev.Gestão e saúde. Brasília-DF, v. 2, n. 1, p. pag. 362-375.  2011. Disponível em: www.gestaoesaude.unb.br/index.php/gestaoesaude/article/…/76/pd. Acesso em 02/10/2014.

 

LIMA, R. C. Somos todos desatentos? O TDA/H e a construção de bioidentidades. – Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2005.

 

MEIRA, Marisa Eugênia Melillo. Para uma crítica da medicalização na educação. Psicologia Escolar e Educacional, v. 16, n. 1, p. 135-142, 2012.

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REIS, Maria das Graças Faustino; CAMARGO, Dulce Maria Pompêo de. Práticas escolares e desempenho acadêmico de alunos com TDAH. Psicol. esc. educ, v. 12, n. 1, p. 89-100, 2008. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/pee/v12n1/v12n1a07.pdf. Acesso em 10 de novembro de 104.

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SENO, Marília Piazzi. Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH): o que os educadores sabem?. Rev. psicopedag.,  São Paulo ,  v. 27, n. 84,   2010 .   Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84862010000300003&lng=pt&nrm=iso>. acessos em  09  nov.  2014.

STROH, Juliana Bielawski. TDAH-diagnóstico psicopedagógico e suas intervenções através da Psicopedagogia e da Arteterapia. Construção psicopedagógica, v. 18, n. 17, p. 83-105, 2010.

 

VIÉGAS, L. S.; GOMES, J.; OLIVEIRA, A. R. F. Os equívocos e acertos da Campanha ‘Não à Medicalização da Vida’. Psicologia em Pesquisa (UFJF), v. 7, p. 266-276, 2013. Disponível em: http://www.ufjf.br/psicologiaempesquisa/files/2013/12/v7n2a14-livre1.pdf. Acesso em: 30 out. 2014.

 

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